A série
"baboseiras-e-aventuras-de-um-pivete" está de volta.... com mais um momento inesquecível da minha humilde infância... *rs*
Ano: aproximadamente 1994
Fato: o último esconde-esconde
Brincar de esconde-esconde na rua era a diversão de toda a "molecada" da minha rua. Mais ou menos 10 pessoas correndo, se escondendo, tropeçando, se machucando, ou seja, tinha de tudo naquela brincadeira. Todo dia era assim...
Descobrir novos esconderijos era o que eu mais gostava de fazer, pois eu tinha que me esconder muito bem, porque eu tinha as pernas mais curtas do que todos os meus amigos, sempre fui mais baixo, então como não corria muito, buscava se esconder da melhor maneira possível, pra ninguém me achar e eu não ficar mofando sendo o
"bobo-que-procura".
Certa noite, saí de casa e fui pra rua. Claro que todos nós íamos brincar de "esconde-esconde", mas ninguém imaginava que essa seria a nossa última vez. Dessa vez, tinha mais gente do que o normal, a minha vizinha estava na rua devido o forte calor, vendo a criançada brincar.
Quando alguém começou a contar até 50 (sim sim, 50...e tinha que contar devagar ainda), comecei a correr desesperado para o meu esconderijo, na super praaça q tem em frente de casa (a maioria dos esconderijos eram ali e em um coqueiro que pertencia a praça). Como eu não tinha nenhum lugar em mente, decidi deitar na guia, bem retinho, ebtre a calçada da praça e o maior matagal do universo (era um terreno baldio, meio que abandonado).
Para mim, aquele lugar q eu havia escolhido, não poderia ser perigoso, pois sempre brincávamos ali e nunca tinha acontecido nada, nenhum problema. Mas, infelizmente, eu estava errado.
O
"bobo-que-procura" tinha terminado sua contagem, e assim começou a procurar a turma. EU, deitadinho ali, invisível, sem que ninguém me visse e me achando o máximo. De -repente, ouvi um barulho no matagal do lado e dei uma olhada, pra ver o que poderia ser, pensando que era algum amigo que estava escondido. Não vendo nada, voltei a me deitar e me tornar o
"super-poderoso-garoto-invisível"....
O tempo foi passando e eu ficava ali, quietinho, até que, mais uma vez de-repente, um homem (aparentemente bêbado) levantou do matagal e deu um poderoso grito:
"EU VOU TE PEGAAAAAR". Nisso, lembro-me que as minhas pernas correram sozinhas, com o meu susto....e ele atrás de mim. Devido a embriaguez do homem, ele não correu muito e eu cheguei atrás do coqueiro. Aí eu não sabia se saía de trás do coqueiro e deixava o
"bobo-que-procura" me ver ou se ficava ali esperando para me salvar no esconde-esconde. Que ingenuidade. Tinha esquecido que o homem ainda estava atrás de mim.
Minha vizinha, vendo aquilo gritou para mim:
"CORRE FELIPE, CORRE!", e eu, assustado, fiz o que ela tinha me pedido. Entrei em casa chorando, falei com a minha mãe o que tinha acontecido (meu pai não estava em casa). Minha mãe, colocou sua
"capa-de-super-mãe" e saiu na rua para tirar satisfações com aquele bêbado, que já estava começando a dar seu show para toda a criançada. Chamando a minha mãe de "Elizabeth" (o nome dela real é Débora hehe), ele dizia que a conhecia e começou a falar um monte. Aí meu vizinho desceu e mandou o bebum embora...
Antes de partir, ele ainda imitou Michael Jackson, Madonna, entre outras personalidades. O fato assustador já havia se passado, e todo mundo já estava rindo... (só não sei se era de mim, do meu medo ou das graças daquele inesquecível fdp de bêbado hHUheuhuheauh).
No fim, nunca mais brincamos de esconde-esconde e nunca vou deixar meus filhos (qdo tiver) brincarem de esconde-esconde a noite... AHuehUH
Fuizzz